OBJEÇÃO: O Papa é a predita besta do Apocalipse! Pois em Ap 13,18 lemos: "Quem tem inteligência, calcule o número da besta, porque é número de homem: este número é 666".Ora, o Papa é chamado "Vigário do Filho de Deus", o que se escreve em latim: Vicárius Filii Dei. Somando as letras que em latim tem valor de algarismos, dá a soma de 666!:
V I C A R I U S F I L I I D E I
5 1 100 - - 1 5 - - 1 50 1 1 500 - 1 = 666
A objeção mostra apenas insensatez e ódio dos acusadores contra S. Pedro e seus sucessores. Vejamos:
a) O texto do Apocalipse (Ap 13,18) exige que a Besta seja um homem, e não um cargo (de chefes da Igreja Católica) ocupado até agora por 264 Papas. Seria muito mais razoável indicar como besta apocalíptica, um dos 18 reis da França com o nome LUÍS (ou qualquer outro Luís) que se escreve em latim: Ludovicus, e que na contagem latina dá também a soma 666; ou ainda a doutora adventista Ellen Gould White. Mas, acusar estas pessoas, não interessa aos nossos acusadores!
L U D O V I C U S
50 5 500 - 5 1 100 5 - = 666
E L L E N G O U L D W H I T E
- 50 50 - - - - 5 50 500 5+5 - 1 - - = 666
b) Além disso, nenhum Papa usou o título de "Vigário do Filho de Deus". Costumam chamar-se "Servo dos servos de Deus", "Bispos de Roma", "Vigário de Jesus Cristo", "Patriarcas do Ocidente", etc.
c) No mesmo capítulo, Ap 13,6-8 e 15, João descreve a atuação desta Besta: "A Besta abriu a sua boca em blasfêmias contra Deus, para blasfemar o seu nome, o seu tabernáculo e os que habitam o céu. Foi-lhe permitido fazer com que fossem mortos todos aqueles que não adorassem a imagem da besta".
d) Cada livro da Bíblia foi escrito e destinado, em primeiro lugar, ao povo contemporâneo, da mesma época, e só em segundo lugar poderia conter alguma profecia, referente aos tempos futuros. Assim, João Evangelista escreveu o Apocalipse para os cristãos da Ásia Menor, perseguidos pelo cruel César Nero e seus sucessores, predizendo-lhes a vitória final de Cristo sobre eles. Ora, estes cristãos não entendiam o latim, senão o grego e o hebraico. (E se por acaso descobrissem, na tradução latina, esta acusação contra o Papa, iriam rejeitá-la como calúnia diabólica; pois tanto São Pedro, como os 30 Papas dessa época, foram todos martirizados por sua fidelidade a Cristo).
Porém, eles facilmente calcularam o nome grego de Cesar Neron, em caracteres hebraicos, desta maneira, da direita para esquerda:
N V R e N - R a S e Q
50 6 200 50 200 60 100 = 666
Cesar Nero, sim, exigia para si as honras divinas e mandou matar os Apóstolos Pedro e Paulo e milhares de outros cristãos. O mesmo faziam alguns de seus sucessores.
e) Para os verdadeiros cristãos, o Papa era sempre o sucessor de S. Pedro, atribuindo-lhe as seguintes promessas de Cristo:
Mt 16,18: "Eu digo: tu és Pedro e sobre esta Pedra edificarei a minha Igreja.. A ti darei as chaves do Reino dos céus..."
Lc 22,31-32: "Simão, Simão, eis que satanás vos procurou para vos joeirar como trigo, mas Eu roguei por Ti, a fim que tua fé não desfaleça, e tu, uma vez convertido, confirma os teus irmãos".
Jo 21,15-17: "Jesus perguntou a Simão Pedro: Simão, filho de João, amas-me mais que estes? Respondeu-lhe ele: Sim, Senhor, tu sabes que eu te amo! Diz-lhe Jesus: Apascenta os meus cordeiros...". (Apesar da anterior negação de Pedro, predita por Jesus).
f) Para aqueles que ousam chamar o Papa de Anticristo, que deve aparecer pelo fim do mundo, responde João Apóstolo na sua carta (1Jo 2,18-19): "O Anticristo está para vir, mas digo-vos que já agora há muitos anticristos... Eles saíram de entre nós, mas não eram dos nossos; porque, se tivessem sido dos nossos, ficariam certamente conosco". É claro que S. João era sempre unido a S. Pedro e seus sucessores. Portanto o Anticristo sairá das fileiras que abandonaram a Igreja Apostólica.
IIa ACUSAÇÃO: Jesus nasceu pobre na gruta de Belém. Por que o Papa, em Roma, vive no rico palácio do Vaticano ao lado da rica basílica de S. Pedro?
RESPOSTA: Numa parábola (Mt 13,31-32) Jesus compara a sua Igreja (o Reino dos céus) com o grão de mostarda, que semeado cresceu e tornou-se grande árvore, e em seus ramos aninharam-se aves vindas de toda parte.
Assim na vida de Jesus, esta sementinha da Igreja, era constituída apenas da Sagrada Família; depois de 12 Apóstolos, discípulos e santas mulheres. Jesus andava com eles e ensinava o povo à beira do lago ou nos montes. Jesus não precisava de casas nem de dinheiro. Para o culto divino e público Jesus se servia de sinagogas e do magnífico templo de Jerusalém. Nunca proferiu uma só palavra contra a riqueza e beleza do templo de Deus! - Ao contrário, com energia expulsou os profanadores (Mt 21,12) e (Mc 12,42)
Quando este Reino de Cristo (sua Igreja) tornou-se uma "grande árvore", abrigando quase um bilhão de pássaros (=fiéis católicos), esta mesma Igreja necessita de muitos e grandes templos para o culto divino, e muitos edifícios para a propagação e administração deste Reino de Deus visível na terra.
Como no Governo, há prefeitos com prefeituras, presidente com palácios federais em Brasília, assim na Igreja há Bispos e párocos com igrejas e suas moradas. E há um Papa que preside toda a Igreja. Dos departamentos do Vaticano com seus auxiliares, administra a Igreja de Cristo, residindo ali num modesto apartamento.
Além disso, os prefeitos, os governadores e presidentes cada um tem sua esposa e filhos, casas e propriedades, e quando morrem, deixam geralmente para os filhos e netos consideráveis heranças. O mesmo o fazem os pastores de seitas cristãs. O Papa, porém, a exemplo de Jesus, não tem para si nem mulher nem propriedade nenhuma. E quando morre, deixa apenas o bom exemplo e os ensinamentos para todos. Vive e morre pobre como Jesus.
IIIa ACUSAÇÃO: Em Roma vendem-se lembranças com a fotografia e bênção do Papa, que ele nunca abençoou nem viu. Que exploração!
RESPOSTA: Como Jesus curou à distância o servo do centurião e a filha da mulher cananéia, sem contato palpável ou visual (Mt 8,13 e 15,28), assim também a bênção do Papa age à distância, por sua intenção e vontade. E o valor destas lembranças não é do Papa, mas é destinado para boas obras.
Porém, uma verdadeira exploração é o dízimo cobrado (no duro: 10%) pelos pastores das seitas, em favor de suas famílias, mesmo não sendo eles nem sacerdotes do Antigo nem do Novo Testamento, e nem evangelizadores autorizados pelos Apóstolos e seus legítimos sucessores.
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